domingo, 18 de dezembro de 2011

Capitulo 1 - Adeus Londres! (Parte I)


Acordei e olhei para as horas: ainda era cedo, mas só nos restavam mais dois dias por Londres… tínhamos de aproveitar! Abri a janela e deixei que a luz da sala clareasse o quarto. Tentei acordar a minha irmã mas ela estava meio deprimida por causa do Max – porém, eu não era pessoa de desistir facilmente!
Roupa utilizada por Inês (Pijama)
- Inês… Inês, já é hora de acordar, anda!
O grunhido da minha irmã foi a única resposta que obtive
- Oh mana, estares aí não te vai ajudar em nada… anima-te, eu vou buscar-te um doce qualquer e um bom café! Que achas?
Ela não respondeu e eu suspirei, meio preocupada.
Resolvi, antes de tudo, ir tomar banho. 
Roupa utilizada por Ana
Depois de vestida, arranjada e penteada, saí de casa e dei um salto até ao café da esquina.Pedi um cappucino e uma torrada e tomei o meu pequeno-almoço tranquilamente, enquanto olhava pela janela do café.
Ia mesmo ter saudades de Londres… da sua bela tonalidade cinzenta, do seu constante movimento e até do seu clima inconstante. Tinha aprendido tantas coisas naquele sítio… mas claro que também já estava cheia de saudades de casa, e regressar seria bom.
Pedi dois brigadeiros bem grandes e um café médio para levar, paguei o que devia e voltei para casa: a Inês ainda estava debaixo dos lençóis.
- Inês Smith… - comecei eu, num tom sério – sais daí sozinha ou tem de ser à força?
Ela resmungou um bocado e pôs a cabeça fora da cama: vi que tinha os olhos meio vermelhos e inchados por estar a chorar
- Mana… - sentei-me na sua cama e ela sentou-se também – odeio ver-te assim…
- Isto não é nada, a sério – ela limpou os olhos, tentando disfarçar o seu estado – Não te preocupes…
Sorri-lhe
- Tu não me enganas. Conheço-te desde que nasceste. Aliás, conheço-te desde que nos formámos na barriga da mãe – ela sorriu ligeiramente e eu agarrei-lhe a mão – Eu percebo o que estás a sentir… mas não podes ficar assim… este regresso era inevitável…
- Eu sei! – exclamou ela, irritada – Não sabia era que o tempo ia passar tão rápido… oh, Ana, eu amo tanto o Max… ele é simplesmente… quem eu quero, e agora tenho que me ir embora e a nossa relação vai acabar do nada… - percebi que ela ia começar a chorar e fi-la olhar para mim
- Inês… respira…
Ela fez o que eu disse e olhou-me, triste
- Que vou eu fazer? – perguntou, desanimada
- Em primeiro lugar, vais acalmar-te e tomar um banho… ah, e o pequeno-almoço – pisquei-lhe o olho – trouxe o teu doce favorito
- Brigadeiro?
- Yup!
- Conheces-me mesmo – ela riu-se ligeiramente, mais animada
- Em segundo lugar – continuei eu – vais arranjar-te e ligar ao Max... e vais tentar aproveitar ao máximo estes últimos dias!
- Mas Ana… - ela fez uma cara triste – É tão difícil…
- Eu sei que é! Mas queres mesmo que as tuas últimas recordações com ele sejam tristes? – Sorri-lhe – Ele adora-te e aposto que também quer estar contigo…
- Tens razão… - concordou a minha irmã – Oh, Ana, que faria eu sem ti?
- Nada! – disse eu, no meu tom mais convencido. Rimo-nos ambas e demos um grande abraço. A Inês saiu da cama e dirigiu-se à casa de banho.
- E despacha-te, que ainda ataco os teus brigadeiros!
- Atreve-te! – a Inês riu-se mais uma vez antes de entrar na casa de banho
Ouvi o meu telemóvel a tocar e sorri quando vi que era o meu melhor amigo
- Oi, Hayd! – cumprimentei eu, bem disposta – Sim… dois dias… - olhei pela janela, a sorrir – Já só faltam dois dias…